Câncer de Mama  

O câncer de seio ou neoplasia de mama é o tipo de tumor maligno mais comum que acomete as pacientes do sexo feminino, quando não contabilizados os tumores de pele. Conforme estimativas do INCA, para o ano de 2020 eram esperados 66.280 casos novos no Brasil.

Fatores de Risco
São diversos os fatores de risco que podem levar ao desenvolvimento do câncer de mama, e dentre os principais podemos elencar:

Diagnóstico
O diagnóstico de câncer de mama geralmente é firmado após a realização de biópsia de um nódulo mamário suspeito, descoberto através de algum exame de imagem (mamografia, ultrassonografia, ressonância magnética) ou através da palpação da mama.

Também é importantíssimo estabelecer a extensão da doença através de outros exames, em um processo que chamamos de estadiamento. No estadiamento e manejo da paciente com câncer de mama muitas vezes são requisitados exames laboratoriais sanguíneos, tomografias, cintilografia óssea, a depender do tamanho do tumor, do tipo do tumor, da presença ou não de sintomas, da presença de gânglios suspeitos.

Tratamento- Linhas Gerais
Idealmente, de princípio, todo caso de câncer deve ser avaliado por uma equipe multidisciplinar, composta pelo cirurgião oncológico (neste caso o mastologista), pelo oncologista clínico e pelo rádio-oncologista, a fim de que seja estabelecido um consenso sobre a melhor abordagem e sequenciamento dos tratamentos.

Os pacientes com câncer de mama que não possuem metástases à distância podem geralmente ser conduzidos de duas maneiras.

Em uma delas realiza-se inicialmente a cirurgia, com retirada parcial (setorectomia, quadrantectomia, etc) ou total da mama (mastectomia), acompanhada da avaliação dos gânglios da axila, seguido da retirada destes se necessário. Após a cirurgia, dependendo dos fatores encontrados, a paciente deverá ou não receber ciclos de quimioterapia. Em pacientes cujos tumores tenham a ressecção dificultada pela relação entre o tumor e a mama, opta-se muitas vezes por iniciar o tratamento pela quimioterapia, e com sua redução procede-se com a cirurgia. A radioterapia usualmente é a última etapa do tratamento destes pacientes, sendo utilizada sempre que é realizada uma cirurgia conservadora ou em casos de tumores mais avançados.

Os pacientes com câncer de mama que possuem metástases à distância são tratados de maneira diversa, tendo a quimioterapia/hormonioterapia como principais modalidades. A depender dos sintomas muitas vezes também podem ser empregadas a cirurgia e a radioterapia.

É importante lembrar que cada caso é um caso, devendo-se individualizar o tratamento a fim de se alcançar o melhor índice terapêutico possível.

Tratamento – Radioterapia

A radioterapia é um dos pilares no tratamento do câncer de mama, oferecendo uma diminuição nas taxas de recidiva local da doença e um aumento na sobrevivência tardia das pacientes.

O processo começa com uma consulta ao rádio-oncologista, que escutará a história da paciente, realizará o exame físico e analisará os exames laboratoriais, de imagem e anatomopatológicos. Se necessário, o rádio-oncologista requisitará outros exames que ache pertinente. Em posse de todas as informações, ele decidirá se está indicada a radioterapia ou não, a fim de oferecer o melhor benefício à doente, e explicitará quais são os potenciais efeitos colaterais. Após a indicação do tratamento, a paciente passará por um processo chamado pré-simulação, no qual haverá a definição do posicionamento para o tratamento, e a aquisição de imagens para o planejamento. Em posse destas imagens, o médico e uma equipe multiprofissional (físicos-médicos, dosimetristas, tecnólogos) realizarão o planejamento, fase técnica na qual são definidos os alvos e os órgãos de risco, com a colocação dos feixes de radiação, análise de distribuição de doses e controle de qualidade. Somente após esta fase, que pode levar alguns dias, é que se inicia o tratamento.

É importante lembrar que a radioterapia não é um tratamento padrão, devendo-se sempre buscar um profissional rádio-oncologista capacitado, que trate seus pacientes em um local que disponha de boa tecnologia e de outros bons profissionais. Assim como os cirurgiões, os rádio-oncologistas oferecem um tratamento local, e diferenças na definição das áreas a serem tratadas, das áreas a serem protegidas, e na análise dos planos pode levar a diferentes resultados, tanto no controle da doença como na toxicidade exibida pelo paciente. As técnicas mais utilizadas estão descritas abaixo.

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